Por Wellington Carbone
Uma verdadeira viagem às raízes da cultura nordestina. Assim pôde ser definida a apresentação do grupo “Sem Fantim”, que aconteceu no bloco E da Unisanta, na manhã deste sábado (1º de setembro). O grupo tem a proposta de resgatar a música daquela região. Tambor de alfaia, corneta, tambor. Todos estes instrumentos – somados a outros 11, também típicos do Nordeste! – foram tocados por sete instrumentistas, que, com muita alegria, trouxeram o sabor do maracatu, cocos e ciranda às pessoas que passavam pelo bloco.
“Nossa idéia é reviver aquela coisa bonita, mas perdida, que eram as cantigas de roda, as cirandas. Um povo sem história cultural é um povo sem identidade”, traduziu o cantor, carregado do bom e legítimo sotaque nordestino, Amir Pires.
Ele, natural de Recife, é radicado há 36 anos em Santos (e, repito, não perdeu o sotaque!) e já entoava os ritmos em outro bairro da cidade, a Zona Noroeste. “Participei de um projeto com crianças em uma entidade assistencial e levei a música”, contou.
“A idéia é ótima”, endossou o professor de artes da instituição, Gilson de Mello Barros, que ajudou os músicos a pôr a proposta em prática.
E parece que foi muito bem posta à prova. Há apenas dois meses o grupo se reuniu e fez os ensaios, e, nesta manhã, fez a primeira apresentação. Sou músico, e parecia que o grupo tocava junto há anos. Idéia bem recebida pelas pessoas.
A estudante da Puc – Campinas Juliana Cristina Almeida apenas passava pelo bloco e ia sair pela Rua Oswaldo Cruz para ir a outro bloco, mas, ao se deparar com as fortes toadas nordestinas, parou. Ali mesmo, em um banquinho de madeira, sentou e começou a bater o pé, seguindo o ritmo do maracatu que também já contagiava os funcionários da Universidade.
“Não dá pra resistir mesmo, tem que curtir e bater o pé sem frescura”, musicou. Juliana, sem querer, acabava de traduzir para o paulistanês o que quer dizer o nome do grupo: sem fantim, no dialeto nordestino, significa sem frescura, sem nhénhénhém, ou, como diria meu avô, sem nove horas.
setembro 2, 2007 às 6:26 pm
reproduzo conversa com o carbone via messenger na intenção de ajudar a compreender esse processo de comentários que estou fazendo.. abreijos, yoda..
yoda.. diz:
grande el carbone.. como está?
Carbone diz:
opa, blz
Carbone diz:
diga l
yoda.. diz:
só para avisar que eu vou comentar o seu último texto daqui a pouco e acrescentar outras discussões no blog..
yoda.. diz:
e queria saber se vai me passar mais alguma coisa hoje..
Carbone diz:
´ah… lembrei
Carbone diz:
terei um texto sobre onde fomos ontem
yoda.. diz:
onde foram ontem?
Carbone diz:
lá no encontro dos jornalistas
eu e a diana entrevistamos o audálio dantas
yoda.. diz:
hum.. massa.. eu estou acertando o blog agora, depois retorno no fim de tarde..
Carbone diz:
ah
Carbone diz:
deixa eu te perguntar algo…
Carbone diz:
é sobre as postagens… só uma sugestão
yoda.. diz:
comece a pensar em um tema para aprofundarmos.. leia a matéria da diana e os comentários e a da aline também.. lá acho que as coisas já estão mais direcionadas com elas..
yoda.. diz:
hum..
Carbone diz:
é que percebi que vc tem agrupado o texto todo em um único parágrafo, em um único bloco…
é só uma opinião… mas acho que isso torna a leitura cansativa…
yoda.. diz:
alguns ficaram assim.. na postagem ele junta tudo..
yoda.. diz:
mas vou arrumar..
yoda.. diz:
se estiver no pique também, de postar o víde o que você tem de vídeo daí mesmo também, numa boa..
yoda.. diz:
tá a fim de mexer nisso?
yoda.. diz:
não é minha praia mesmo.. hehe
Carbone diz:
hehehe muito menos a minha… heuheuheu mas deixemos a forma por enquanto de lado, o conteúdo é que é o mais importante…
Carbone diz:
eu só não entendi o que quis dizer com as coisas estarem mais direcionadas com elas..
yoda.. diz:
é estamos priorizando isso.. hehe.. nos próximos, espero, teremos uma base bacana com um webdesigner para materializar nossas viagens de conteúdo..
yoda.. diz:
leu o relato da primeira reunião?
yoda.. diz:
tá sabendo da grande reportagem que cada um vai fazer, aprofundando os debates que tiveram do intercom? reportagem mais de fôlego e tal?
Carbone diz:
ah, vi isso sim
yoda.. diz:
então, nesse sentido de produzir essa reportagem, a pauta delas acho que está mais clara..
yoda.. diz:
vou fazer uns comentários no que você apresentou até agora para pensarmos juntos..
yoda.. diz:
vai dando uma olhado no trabalho delas..
Carbone diz:
li e ainda não entendi o que quis dizer..
o que percebo é que elas escrevem mais livremente, coisa que gostaria de fazer…
a diana foi a única que colocou dois textos, não sei como posso me basear na aline, sendo que só há um texto… e, mesmo assim, a diana colocou dois textos (ótimos textos, aliás) de focos totalmente diferentes
yoda.. diz:
não, não.. não estou falando de lance de comparação de estética textual, de forma ou jeito de escrever e contar história. isso é o de menos.. estou falando de conteúdo, no sentido de identificação de uma pauta.. e quando pensamos pauta, percisamos pensar o veículo..
yoda.. diz:
no caso, estamos falando de um blog experimental de compartilhamento de conteúdo.. até aí, todo conteúdo é válido..
Carbone diz:
sim, mas os textos da diana – são dois, e ótimos – têm focos totalmente diferenciados…
yoda.. diz:
mas para além disso, precisamos aprofundar alguma questão que teve no intercom e relacionar isso dentro de uma grande reportagem para o culturaemercado.com.br
Carbone diz:
e o da aline, por ser um só, é muito pouco para já entender o que ela quer…
yoda.. diz:
sim. de questão de texto, construção e conteúdo, o seu e o da diana são os que estão mais se destacando, mas quero que entenda que isso é o de menos importante nessa fase..
yoda.. diz:
o mais difícil é compreender a importância e a complexidade do debate..
yoda.. diz:
o que a diana mostrou na idéia dos rebeldes, é um exemplo forte de como a indústria cultural funciona com suas cadeias produtivas..
yoda.. diz:
e o que isso gera de pauta para aprofundar o debate, procurando um jornalismo diferenciado, pensando a centralidade da cultura na reflexão sobre a sociedade..
yoda.. diz:
no seu caso, chego a pensar em um debate sobre o que representa o grupo sem fantim..
yoda.. diz:
no sentido de pensar que podemos puxar de um exemplo de um grupo que porcura explorar raízes de algumas das culturas populares nordestinas, mas não é cultura popular no seu sentido de tradição e outros valores simbólicos de religião e do fazer que tem para quem bate côco em olinda..
Carbone diz:
po, cara…
eu fiz dois textos distintos, de pautas distintas, assim como a diana fez tb….
ainda não entendi que “mesmo foco” vc viu nos dois textos…
enfim… a questão cultural move não somente as raízes culturais, mas os aspectos inerentes à divulgação delas próprias, … e, a meu ver, coloquei isso também no texto de jornalismo literário, visto que isso não é divulgado pela mídia… enfim,
yoda.. diz:
poderia aprofundar no sentido de conseguir tirar mais sobre o pensamento da academia sobre esse tipo de manifestação..
Carbone diz:
meu foco está direcionado para as culturas e outros usos e costumes que não slão divulgados pela mídia…
Carbone diz:
yoda, vou me ausentar um pouco, irmão..
o meu irmjão aqui tá me chamando para almoçar… hehehehe
o msn fica em “ausente”… qq coisa, deixe uma msg…. vlw, abçs
yoda.. diz:
e ver também algum mestre popular sobre o que ele faz e o que ele pensa sobre o sem fantim, por exemplo, ou o quiloa que faz maracatu de baque virado na baixada também..
yoda.. diz:
sim. é outra pauta..
yoda.. diz:
eu só estou jogando idéias para que você escolha o que é melhor..
yoda.. diz:
minha função é tentar apenas ser um problematizador das coisas, buscando nessa experiência do blog, um melhor aproveitamento em uma única reportagem para ser aprofundada e publicada em cultura e mercado..
yoda.. diz:
objetivando, enfim, a troca de conhecimento para a formação desse novo jornalismo literário que estamos almejando..
yoda.. diz:
um jornalismo capaz de compreender a complexidade da cultura e a necessidade da reflexão sobre suas políticas culturais..
Carbone diz:
meu foco está direcionado para as culturas, usos e costumes que não são bem aplicados na mídia…
isso pode, ao menos, ser percebido…
mas vou me esforçar mais…
a questão é que não vejo como isso já pode estar tão bem definido no texto da aline, sendo que somente um é muito pouco para analisar qualquer contexto….
sobre a diana, gosto mais do jeito dela escrever do que do meu… hehehe
Carbone diz:
vou nessa, irmão!
Carbone diz:
nos falamos…
Carbone diz:
vamois ver se nos encontramos para descarregar o vídeo….
yoda.. diz:
concordo contigo.. não acho que está bem definido, mas é os dois que poderiam estar mais encaminhados, no sentido de eu ter dialogado mais por ali..
yoda.. diz:
mas agora achoq eu conseguimos fazer isso.. bacana seria reporduzir essa nossa conversa por lá..
yoda.. diz:
foi nesse sentido que falei em estar mais adiantado.;
Carbone diz:
heheheheh não chega a tanto hauhauhauha
mas vlw… qq coisa, se quiser descarregar o vídeo, ligaí …
vou almoçar, vlwww irmão
yoda.. diz:
abraço, até mais..
setembro 2, 2007 às 6:30 pm
sobre aprofundamento da reportagem, destaco esses comentários:
yoda.. diz:
no seu caso, chego a pensar em um debate sobre o que representa o grupo sem fantim..
yoda.. diz:
no sentido de pensar que podemos puxar de um exemplo de um grupo que porcura explorar raízes de algumas das culturas populares nordestinas, mas não é cultura popular no seu sentido de tradição e outros valores simbólicos de religião e do fazer que tem para quem bate coco em olinda..
poderia aprofundar no sentido de conseguir tirar mais sobre o pensamento da academia sobre esse tipo de manifestação..
ver também algum mestre popular sobre o que ele faz e o que ele pensa sobre o sem fantim, por exemplo, ou o quiloa que faz maracatu de baque virado na baixada também..